Pessoa com Deficiência

Incentivos Fiscais para Empresas que Contratam Pessoas com Deficiência

A inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho é fundamental para promover uma sociedade mais justa e equitativa. Além de permitir que esses profissionais demonstrem suas habilidades, a inclusão melhora o clima organizacional, aumenta a diversidade e impulsiona a inovação nas empresas. Para incentivar esse movimento, o governo oferece benefícios e incentivos fiscais para empresas que contratam pessoas com deficiência, reforçando a importância da responsabilidade social corporativa e da inclusão. Neste artigo, vamos explorar as vantagens fiscais e os requisitos que as empresas precisam atender para usufruir desses benefícios.

1. A Lei de Cotas e Seus Benefícios Fiscais

A Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91) é uma das principais políticas de inclusão de PCDs no mercado de trabalho no Brasil. De acordo com essa legislação, empresas com 100 ou mais funcionários devem reservar de 2% a 5% das vagas para profissionais com deficiência, dependendo do número total de colaboradores. Além de cumprir uma importante função social, as empresas que atendem a essa cota recebem incentivos fiscais, como a possibilidade de deduzir os custos com adaptação de espaços e aquisição de equipamentos específicos para garantir acessibilidade.

Esse investimento é considerado como despesa operacional, o que permite que a empresa o deduza do lucro operacional, reduzindo a base de cálculo para o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Além disso, ao cumprir a Lei de Cotas, as empresas evitam sanções legais e multas que podem ser aplicadas em caso de descumprimento.

2. Redução de Custos com Benefícios Previdenciários

Para estimular a contratação de PCDs, o governo brasileiro oferece um incentivo para empresas no que diz respeito ao recolhimento de contribuições previdenciárias. Quando a empresa contrata uma pessoa com deficiência que já recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), essa pessoa mantém o benefício por até dois anos após o início da contratação. Essa medida visa incentivar a empregabilidade dos PCDs e permite que a empresa contribua para o desenvolvimento profissional de pessoas que, em muitos casos, tinham acesso restrito ao mercado de trabalho.

Além disso, ao realizar essa contratação, a empresa também ganha em diversidade e aumenta o potencial para um ambiente corporativo mais colaborativo e inovador.

3. Dedução de Despesas com Acessibilidade e Treinamentos

Outro incentivo fiscal oferecido pelo governo envolve a dedução de despesas com a adaptação do ambiente de trabalho e com treinamentos específicos para PCDs. Empresas que realizam adaptações para garantir acessibilidade, como rampas, elevadores ou sinalização, podem deduzir esses custos do Imposto de Renda.

Treinamentos específicos para a inclusão de PCDs também podem ser contabilizados como despesas operacionais dedutíveis. Esses treinamentos incluem capacitações voltadas ao desenvolvimento de habilidades específicas para PCDs, bem como treinamentos de sensibilização para os demais funcionários, promovendo uma cultura inclusiva e acolhedora.

4. Estímulo ao Cumprimento das Políticas de Responsabilidade Social

Empresas que contratam pessoas com deficiência são valorizadas no mercado como socialmente responsáveis. A prática de inclusão impacta positivamente a reputação da empresa, tornando-a mais atrativa para investidores e consumidores que valorizam a diversidade. Diversas certificações e selos de responsabilidade social, como o Selo Empresa Inclusiva, reconhecem empresas que investem em diversidade e inclusão.

Essas certificações geram maior visibilidade para a marca e podem ser um diferencial para empresas que desejam participar de licitações ou parcerias comerciais com organizações que priorizam fornecedores socialmente responsáveis. Ao demonstrar que está comprometida com a inclusão, a empresa melhora sua imagem pública, o que pode gerar benefícios financeiros a longo prazo.

5. Incentivo ao Desenvolvimento de Talentos Internos

Empresas que investem na contratação e no desenvolvimento de PCDs muitas vezes criam programas de mentoria e desenvolvimento específicos para esses profissionais. Além de deduzir os custos desses programas, essas empresas retêm talentos e criam um ambiente que valoriza o crescimento de todos. Investir em treinamentos e desenvolvimento de carreiras de PCDs gera um ciclo positivo: os profissionais com deficiência sentem-se valorizados, permanecem mais tempo na organização e contribuem significativamente para o ambiente de trabalho.

Além disso, ao promover o crescimento interno de PCDs, as empresas também colaboram para formar futuros líderes, enriquecendo ainda mais a cultura organizacional e garantindo uma equipe diversificada e qualificada.

Conclusão

Os incentivos fiscais para empresas que contratam pessoas com deficiência são uma excelente oportunidade para promover a inclusão social e o desenvolvimento de uma cultura organizacional mais diversa e acolhedora. Ao investir na contratação de PCDs, as empresas obtêm benefícios financeiros diretos, como deduções de despesas com acessibilidade e treinamentos, e benefícios indiretos, como a melhoria da imagem corporativa e o engajamento dos colaboradores.

Incluir PCDs no mercado de trabalho é uma atitude que beneficia não apenas a empresa, mas também a sociedade como um todo. Ao adotar uma postura inclusiva e responsável, a empresa não apenas cumpre a legislação, mas também se destaca no mercado e contribui para um ambiente mais justo e igualitário.

Nurap Diversidade e Inclusão

NURAP (Núcleo de Aprendizagem Profissional e Assistência Social), fundado pelo Rotary Club de São Paulo Brooklin e Rotary Club de São Paulo Morumbi, com a missão de acolher e desenvolver pessoas pertencentes às classes minorizadas, através da capacitação e inclusão no mercado de trabalho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo